Falta de socorristas e sinalização adequada aumenta o risco de acidentes nas praias mais movimentadas do município
No último sábado, 4 de outubro, uma turista de Minas Gerais morreu afogada em uma praia de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia.
A vítima foi identificada como Maria Aparecida Ferreira de Souza, de 51 anos, natural de Francisco Sá e moradora de Montes Claros (MG).
Segundo informações, o caso aconteceu na Cabana de Praia Malibu, localizada na Avenida Beira-Mar, no bairro de Taperapuan, um dos principais pontos turísticos da cidade.
Maria Aparecida entrou no mar acompanhada do companheiro e da filha. Poucos minutos depois, o homem começou a gritar por socorro ao perceber que ela estava se afogando.
O genro da vítima, que também estava no local, relatou à polícia que tentou ajudá-la, mas ao chegar à água percebeu que Maria já havia submergido.
Banhistas ainda tentaram reanimá-la, mas sem sucesso.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas e realizaram procedimentos de primeiros socorros, porém a vítima não resistiu e teve o óbito confirmado ainda no local.
O corpo de Maria Aparecida foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Porto Seguro, onde passou por necropsia.
Até o momento, não há informações sobre velório e sepultamento.
De acordo com levantamento feito por nossa reportagem, esse não é o primeiro caso de morte por afogamento nas praias de Porto Seguro — e, infelizmente, não deve ser o último.
O município não conta com equipe fixa de salva-vidas, o que deixa turistas e moradores vulneráveis em situações de emergência no mar.
Para João Castro, morador de Montes Claros, a situação é lamentável:
“É triste ver isso acontecer em uma das cidades mais visitadas do Brasil e do mundo. É preciso que as pessoas que vêm a Porto Seguro tenham assistência adequada nas praias.”
Casos de afogamento envolvendo turistas ocorrem com frequência nas praias de Porto Seguro e também em outras regiões do litoral sul, especialmente durante a alta temporada.
É preocupante que um município com grande fluxo turístico e arrecadação elevada ainda não disponha de salva-vidas fixos nas praias de maior risco.
Além disso, as cabanas de praia geralmente não mantêm socorristas particulares, e há falta de sinalização de advertência sobre as áreas perigosas, o que aumenta ainda mais os riscos para os banhistas.
Com o aumento do turismo na região, a presença de equipes de resgate, sinalização adequada e campanhas educativas é essencial para evitar novas tragédias e garantir mais segurança aos visitantes e à população local.
📍 Fonte: G1 Bahia
✍️ Redação: Roberto Nogueira
