Escritor Eduardo Bueno
A PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) cancelou o evento com o escritor Eduardo Bueno depois que ele comemorou a morte do ativista norte-americano Charlie Kirk. A apresentação estava marcada para domingo (14.set.2025), às 18h, no Salão de Atos Irmão Norberto Rauch, em Porto Alegre (RS).
Esse episódio demonstra de forma nítida que vivemos tempos sombrios. A sociedade, que deveria ser sustentada por valores de respeito e humanidade, tem revelado seu lado mais cruel e desumano. Pessoas que ocupam papéis de destaque, em vez de construírem pontes, se transformam em verdadeiros abutres, incapazes de preservar a vida e a dignidade humana.
O que mais preocupa é que a doutrinação dentro de algumas universidades tem se tornado cada vez mais visível, deixando pais e famílias apreensivos. Muitos acreditavam que esses espaços seriam destinados ao aprendizado acadêmico, cívico e moral. Porém, em vez disso, vemos comportamentos que atentam contra os próprios princípios básicos de convivência.
Chegamos ao ponto de testemunhar indivíduos que celebram a morte de outro ser humano apenas por divergirem em ideias ou convicções. Esse comportamento não apenas escancara a degradação moral em que estamos mergulhados, como também mostra o quanto a alma de alguns já foi tomada pelo ódio.
É inadmissível comemorar a morte de qualquer pessoa. Mais grave ainda quando se trata de um pai de família que, mesmo com suas convicções, nunca obrigou ninguém a segui-las, apenas buscava provocar reflexão sobre o que é certo ou errado. Aplaudir a morte de alguém é a maior prova da falência ética e espiritual de uma sociedade.
Esses indivíduos que propagam rancor e exaltam a violência são, na verdade, dignos de pena. São mentes doentes, incapazes de construir algo positivo, tornando-se instrumentos de divisão e de dor. Seus corpos já estão a serviço do maligno e nada de bom podem oferecer ao mundo.
É urgente refletirmos sobre isso. Não podemos permitir que o ódio gratuito se torne natural. É preciso resistir a essa onda de desumanidade. O caminho só pode ser um: orar por essas almas perdidas, para que Deus ainda possa tocar seus corações. Sem isso, não haverá futuro saudável para a nossa sociedade.
Por Roberto Nogueira
