
Robério Oliveira prefeito de Eunápolis e Eduardo Paes prefeito de Rio de Janeiro
Gastos milionários em shows e o descaso com a segurança pública
A guerra de narrativas entre o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), tem dominado as redes sociais. A discussão gira em torno da contratação da cantora Lady Gaga para um show em Copacabana. As críticas do senador estão relacionadas aos custos envolvidos no evento, especialmente considerando que a cidade do Rio de Janeiro enfrenta uma grave crise de violência.
Embora seja legítimo questionar esse tipo de investimento, é necessário equilibrar a análise e reconhecer que eventos desse porte podem gerar empregos e movimentar a economia local. O problema não está na realização de grandes eventos em si, mas na falta de bom senso por parte de gestores públicos, que deveriam priorizar investimentos essenciais, como saúde, educação e segurança pública.
É lamentável que o Rio de Janeiro esteja atravessando um dos seus piores momentos na área da segurança pública, enquanto um prefeito, que pretende concorrer ao governo do estado nas próximas eleições, utiliza dinheiro público e artifícios políticos para se promover. Infelizmente, essa não é uma situação isolada. Em diversas cidades do Brasil, especialmente na Bahia, vemos políticos oportunistas e demagogos utilizando argumentos falaciosos para justificar gastos exorbitantes com festas milionárias. Na prática, esses eventos pouco beneficiam a população e servem apenas para alimentar seus projetos de poder.
Aqui mesmo, na cidade vizinha, temos um exemplo semelhante. O prefeito Robério Oliveira, do PSD, que já foi afastado do cargo anos atrás, sempre utilizou essa estratégia para ganhar votos e prestígio político junto a parte de seus eleitores, promovendo shows caros e trazendo atrações nacionais que ganharam destaque na região. Quando assumiu a prefeitura pela primeira vez, criou o evento “Pedrão”, que se tornou sua principal marca política, mas nunca promoveu melhorias significativas na saúde ou na educação da cidade. Pelo contrário, esses setores seguem cada vez mais precários e foram justamente os que apresentaram os maiores casos de irregularidades e desvios de verbas públicas em sua gestão anterior.
É triste ver políticos que exploram a miséria da população para se promover e se beneficiar. Para mim, essas pessoas são dignas de pena, pois já venderam suas almas – e talvez nem o inferno as queira.
Quando os eunapolitanos deixaram de votar em Neto Guerriere para trazer de volta Robério, do PSD, cometeram um erro grave. Segundo informações, Neto, quando foi prefeito de Eunápolis, optou por cortar gastos com o “Pedrão” para investir na saúde e pagar funcionários, mas essa atitude não foi reconhecida pela maioria da população. O ditado popular é certeiro: “Todo povo tem o governo que merece.”
Esperamos que o tempo traga as respostas para aqueles que insistem no erro e se consideram acima da lei. A justiça pode tardar, mas não falha. Se não for a dos homens, será a de Deus. Enquanto isso, seguimos atentos, aguardando os próximos capítulos dessa história. Afinal, rato gosta de queijo, e quem já roubou uma vez, certamente voltará a roubar – até cair na ratoeira, de onde nunca deveria ter saído.